Mesmo com uma leve inspiração nas obras americanas, os japoneses conseguiram uma identidade própria, abusando de onomatopéias, um traço um pouco mais detalhado, expressões exageradas - que transmitiam a emoção do personagem - entre outras características. Dessa forma, esse estilo ganhou força na terra do sol nascente e aos poucos foi ficando popular, arrebatando centenas de adeptos, até que finalmente o mangá se tornou parte da cultura pop japonesa, como é atualmente.
As variações do mangá tradicional
Com a globalização, esse estilo de quadrinho ficou popular não só no continente asiático como no ocidente também. Editoras deixaram de publicar somente quadrinhos dos "universos" Marvel e DC Comics e começaram a apostar nesse novo gênero. Vieram então empresas especializadas, inúmeros fãs, bonequinhos, games...E também os fanfics!
Não bastava só acompanhar, era preciso escrever novas histórias para seus personagens favoritos. Você tem a liberdade para inventar novos golpes, inimigos e divulgar seus trabalhos para outros fãs. Com o tempo, histórias originais feitas com esse estilo se tornaram frequentes nesse lado do planeta, coisa que já era comum no próprio Japão, com os Doujinshis. Por lá, tudo é mais fácil, afinal as editoras dão apoio para os doujinshis e muitos talentos são descobertos graças à esse acompanhamento.
Já o inverso ocorre deste lado do globo. Os fanzines (bastante comuns em eventos de anime) têm pouco destaque até mesmo entre os próprios fãs. Seja sincero: Quantos fanzines você leu na sua vida? Talvez por esse motivo, editoras não se arriscam tanto em lançar mangás nacionais.
É arriscado apostar em séries nacionais?
Acredite: Nem tanto quanto parece! Lógico que nossas próprias séries não devem ser tão longas como as japonesas. Um número razoável de volumes já é o suficiente, afinal ninguém vai produzir games, bonequinhos ou um anime dos nossos títulos. Não precisa ser tão "caça-níqueis" como as produções japonesas. Um bom exemplo é o mangá Hansel & Gretel que terá penas 3 volumes lançados pela editora NewPOP.
Salvo algumas excessões, como o famoso Holy Avenger, que durou 42 edições. Outra coisa que pode deixar muita gente com um pé atrás é a qualidade do roteiro, desenhos e etc. Estamos sim em um nível inferior ao Japão nesses quesitos, não podemos negar, no entanto existem séries interessantes que garantem um bom divertimento. Isso já é um bom começo.
Se você ficou interessado...
A melhor forma de dar apoio a produções brasileiras é pesquisar grupos que disponibilzam suas histórias na internet. Recentemente foi fundado o projeto "Mangá em Produção" e certamente devem existir muitos outros por aí. Basta deixar a preguiça de lado e dar uma boa pesquisada. Creio que as editoras tentam trazer títulos do interesse do público otaku e se perceberem que esse mercado dá retorno, com certeza teremos mais títulos brasileiros e de qualidade nas bancas.
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